Renascer de Jacarepaguá: o papel, a negrura, o mar e a bravura
Exibido
originalmente em um curta, o fictício encontro entre Carolina de Jesus e João
Cândido saiu das telas e foi parar na Marquês de Sapucaí nesta noite. Através
da Renascer de Jacarepaguá, a catadora de lixo e o marinheiro se juntaram para
ser o tema da escola dos estreantes Alexandre Rangel e Raphael Torres.
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Abre-alas da escola representava uma favela. (Foto: Vitor Melo) |
Mesmo
com a difícil missão de passar pela pista depois da estupenda apresentação da
Unidos de Padre Miguel, a Renascer passou uma boa primeira impressão com uma
simpática comissão de frente que apresentava bem os personagens centrais do enredo.
Alegorias e fantasias estiveram em pólos opostos: enquanto as primeiras foram
regulares, as segundas acabaram alternando momentos positivos e negativos.
O
excelente samba, composto por Moacyr Luz, Cláudio Russo e Diego Nicolau, teve
um ótimo desempenho ao vivo. Diego, aliás, foi um dos intérpretes oficiais da
obra, ao lado de seu já tradicional parceiro Evandro Malandro. Com grande
entrosamento, os dois imprimiram um ritmo interessante na condução do mesmo.
Apesar
das dificuldades enfrentadas pela escola, a Renascer fez um desfile digno e
animado. Mesmo assim, a tendência é que ocupe uma posição na segunda metade da
tábua de classificação.