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Carnavalize




Nunca o mercado da folia esteve tão em polvorosa e com tudo acontecendo tão rápido. Não faz nem uma semana que os envelopes com as notas foram abertos e a dança das cadeiras já começou freneticamente, tanto que nossa cotação teve que voltar com força total. Vem com a gente num retrospecto de tudo que já foi confirmado e as novidades dos últimos dias para você não ficar desatualizado e poder palpitar à vontade com os amigos nos grupos!


     Em Alta - Contratados: 



A primeira grande mudança da folia aconteceu com um de seus principais nomes na atualidade, após conseguir quebrar o longo jejum da Portela, o midiático Paulo Barros resolveu alçar novos desafios e seguir rumo ao bairro de Noel. A Vila que amargou a décima posição após um desfile complicado, está de olho também em outros nomes para reforçar seu time e deve contratar em breve novos profissionais. Em entrevista, Paulo Barros disse que sua primeira possibilidade de enredo, seria um novo "fim do mundo". E você, o que faria se fosse Paulo? 



A atual campeão do Carnaval não demorou a se mexer e foi logo faturando uma das principais artistas da nossa folia. Após uma estadia de três carnavais na São Clemente, a nossa professora, Rosa Magalhães está de mudança pra Madureira. Não custa lembrar, mas Rosa é sete vezes campeãs da festa nas últimas quatro décadas, mostrando sua capacidade de renovação e adequação de seu estilo barroco a uma pegada atual e contemporânea.  Juntas, a elegante Rosa e a tradicional Majestade do Samba devem brilhar novamente. Quem não ficou feliz foi a pessoal de Botafogo. 




Outra contratação que surpreendeu tem a ver com outro nome histórico da nossa folia, após 15 carnavais no Salgueiro, Renato Lage e Márcia Lage se mudaram da Tijuca para Caxias. A tricolor Grande Rio dispensou o carnavalesco Fábio Ricardo após quatro carnavais e garantiu o mago High-Tech, que estava sendo disputado por outras duas agremiações. A chegada de Renato com sua experiência e talento deve fazer bem para os dois, para o artista, a oportunidade de se reinventar e dar seu nome a uma escola estruturada e que sonha com o título. 




Regina Sinhá Celi que não é boba, ao perder seu grande nome, tratou de correr atrás de anunciar uma contratação de peso. Quem comandará a vermelho e branco esse ano, será o experiente Alex de Souza, recém saído da Vila Isabel. Mudança como há tempo não se via no Sal. Alex começou a carreira exatamente como assistente de Lage e já brilhou com grandes trabalhos na Ilha e na Vila em outros anos. Trata-se de um artista completo, que pesquisa, escreve e desenha. A Academia estará também muito bem servida. 




Na série A, as coisas estão mais devagar, mas há novidades também. Após levar a Rocinha do 13º para o 6º lugar, o talentoso João Vitor Araújo vai assumir o carnaval da Unidos de Padre Miguel, que perdeu o Edson Pereira para a Viradouro. De estilo requintado, João Vitor conta com a força e a garra da "tribo da Vila Vintém" para fazer um grande trabalho.

Mais um contratação recente do segundo grupo está relacionado a escola que subiu da Série B, na busca de se manter no grupo, a Unidos de Bangu contratou o experiente carnavalesco Cid Carvalho para comandar seu barracão. 


      Estáveis - Renovados: 


Uma das confirmações mais recentes, contrariando as especulações, a Comissão de Carnaval que vem dando as cartas na Tijuca nos últimos três anos deve seguir sem alterações para 2018. Hélcio Paim, Marcus Paulo e Annik Salmon já estão acertados com o presidente Horta. Apenas, Mauro Quintaes estaria viajando e ainda não acertou sua permanência, segundo informações do site Sambarazzo. 



Após uma estreia brilhante no grupo especial, com um trabalho estético primoroso, Severo Luzardo continua no girê da União da Ilha para a folia do ano que vem. O experiente figurinista segue na tricolor após a oitava posição e um trabalho elogiado. A Ilha, inclusive, está tranquila. Nomes importantes da escola, como o mestre Ciça, o intérprete Ito e o casal Dandara e Phelipe estão mais do que confirmados na agremiação. 



Campeã da Série A, o Império Serrano não fará grandes mudanças em sua equipe na busca para se manter na elite da folia carioca. O artista Marcus Ferreira segue no Reizinho de Madureira para sua estreia no grupo especial, após desenvolver o enredo sobre o poeta Manuel de Barros. Marcus já tem alguma experiência na folia, onde atua desde 2011. Tendo passado por escolas como Estácio de Sá, Renascer, Jacarezinho e Curicica.


   Especulações, quem falta: 


Apenas três escolas do especial estão atrás na contratação de carnavalescos. Após perder seu grande trunfo pela briga de boas posições, a São Clemente segue cabisbaixa sem Rosa Magalhães no seu time. Segundo boatos, fonte Arial, ao sair da preto e amarelo a professora teria deixado a indicação de Jorge Silveira, que assinou a Viradouro e a Dragões da Real este ano. 



O destino da bem sucedia comissão de carnaval da Beija-Flor, após vinte anos, também é incerto. O grande nome por trás do grupo, Fransergio está de saída de Nilópolis e a Soberana ainda não sabe como irá se estruturar. A escola pode optar por um novo nome que assinaria solo ou uma nova formulação da sua comissão, visto o poder de Laíla na agremiação e sua vontade de dividir os trabalhos sem uma grande estrela.

Outra escola que segue calada no pós-carnaval é o Paraíso do Tuiuti, a escola ainda não anunciou uma renovação ou demissão do artista Jack Vasconcelos que fez um trabalho competente em seus quesitos no enredo sobre o movimento tropicalista. A rádio corredor dá conta que ele deve seguir na azul e amarelo. A conferir. 



Com as bençãos de Rosas, nosso boletim de contratações fica por aqui e voltará em breve com novidades. Após as tragédias desse ano, o carnaval de 2018 promete vir com tudo, já dando fim aos maiores casamentos da nossa folia, que eram os do Salgueiro e da Beija-Flor. Como será a Academia sem Lage? E o destino da soberana de Nilópolis? Será um ano de transformações. Vamos aguardar. 

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A última sexta-feira foi de celebração para as cinco primeiras do Grupo Especial e as duas promovidas do Grupo de Acesso, que apresentaram mais uma vez seus desfiles na pista do Anhembi. Sem o nervosismo e o peso técnico de uma noite oficial, o Desfile das Campeãs é um momento de descontração da escola e de seus componentes, para comemorar o resultado e se despedir do carnaval.

A missão de abrir o desfile das campeãs foi da Independente Tricolor. A agremiação, que ficou em segundo lugar no Grupo de Acesso, repetiu o grandioso desfile, mas em clima de festa. Sem se preocupar com os jurados, os componentes estavam curtindo bastante, muito mais soltos, pulando e cantandomesmo com a chuva caindo no Anhembi. Jorge Freitas - pai de Vinicius Freitas, carnavalesco da Tricolor - também estava presente no desfile, coordenando a evolução. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Cley e Lenita se destacou novamente com um elegante bailado e uma linda apresentação para o público. Aproveitei para fazer algumas perguntas a eles na dispersão, principalmente sobre o futuro profissional de ambos. Confira abaixo:


Logo depois, veio a campeã do Grupo de Acesso, X-9 Paulistana. Com um discurso emocionante do presidente, a escola entrou com força no sambódromo e mostrou porque foi campeã. A frente da escola estava o carnavalesco Lucas Pinto, aparentemente muito feliz, agradecendo e acenando para a arquibancada. Logo após veio a comissão de frente com a irreverente Yaskara Manzini comandando. Mesmo com a chuva, a comunidade xisnoveana se divertiu, cantou e empolgou o público. Na dispersão, a festa continuou, com todos comemorando e gritando "É campeão!". O intérprete Darlan Alves deu um show novamente e o Carnavalize bateu um papo com ele após o desfile:


Logo depois, foi a vez da Rosas de Ouro se reapresentar. O quinto lugar foi comemorado com muita festa e alegria. Após um conturbado desfile em 2016, a agremiação se reergueu e conseguiu uma vaga nas campeãs. Os componentes estavam muito felizes e a apresentação foi bastante alegre e solta. O destaque vai para o intérprete Royce, que cantou com maestria, e pro primeiro casal de MS&PB, Marquinhos e Isabel que deu um show na pista. Inclusive, conversei com a porta-bandeira Isabel, que falou sobre seu futuro na Roseira. Ouça:


Também conversei com André Machado, carnavalesco da Rosas, que confirmou sua permanência na escola para 2018. Escute abaixo:


A quarta escola da noite foi o Império de Casa Verde. Após o título de 2016, a escola tentava o bi, mas perdeu décimos preciosos que a tiraram da briga. Com um desfile menos roteirizado, os componentes estavam curtindo e pulando bastante. A primeira porta-bandeira Jéssica estava com a mão enfaixada e sem seu costeiro. No desfile oficial o casal sofreu com o peso da fantasia, principalmente Jéssica, que carregava 40kg. Apesar disso, eles conseguiram a pontuação máxima. O grande destaque ficou por conta do intérprete Carlos Jr, que além de conduzir com excelência o samba, saudou várias co-irmãs durante o desfile. Na dispersão pude entrevistá-lo e ouvir sobre seu desejo de continuar no Tigre. Confira:


A quinta escola da noite foi o Vai-Vai. A Saracura ficou em terceiro lugar, e as notas de alegorias influenciaram muito para que a agremiação fosse tirada da disputa pelo título. Com um dos melhores sambas do carnaval, a Escola do Povo passou com garra pelo Anhembi e mostrou, mais uma vez, a força do seu chão. Em um desfile mais tranquilo, os componentes não deixaram de cantar o samba, que foi acolhido pela comunidade desde as eliminatórias. A bateria de Mestre Tadeu também deu um show, principalmente nas paradinhas e convenções. A rainha de bateria, Camila Silva, deu um show de simpatia e samba no pé. Outro destaque foi o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Pingo e Paulinha Penteado, que arrancou aplausos do público. Na dispersão, a "quase-repórter" que vos fala, conversou um pouco com Paulinha, que deu a sua opinião sobre o julgamento desse ano: 


Também entrevistei Grazzi Brasil, que desde o fim das eliminatórias integra o carro de som do Vai-Vai, e possui uma das mais belas vozes do carnaval. 

A penúltima escola da noite e vice-campeã do carnaval de São Paulo foi a Dragões da Real. A agremiação da Vila Anastácio repetiu o grandioso desfile e mostrou a força de seus componentes. O primeiro casal de MS&PB novamente deu espetáculo. Evelyn Silva, porta-bandeira da Dragões, foi, sem dúvida alguma, a grande revelação desse carnaval. A bateria também não economizou nas bossas e paradinhas, que contagiaram o público. A rainha Simone Sampaio deu um show de carisma e samba no pé. O intérprete Renê Sobral conduziu muito bem o samba e mostrou que caiu como uma luva no carro de som da Dragões.

Os componentes estavam soltos, felizes e comemorando o vice-campeonato. Na dispersão o clima não poderia ser diferente. Os portões fecharam, mas os componentes continuaram a entoar o samba junto com o intérprete Renê que dizia: "vamos comemorar juntos esse vice!" Aproveitando a oportunidade, entrevistei o intérprete, que deu uma opinião muito pertinente sobre o julgamento esse ano. Escute:


A comissão da Dragões também estava presente no desfile. Na dispersão encontrei o carnavalesco Jorge Silveira que também  cedeu uma entrevista ao Carnavalize, e contou em primeira mão que continuará na escola para o carnaval 2018:


A Acadêmicos do Tatuapé, campeã do Grupo Especial, encerrou o ciclo do carnaval 2017. Um desfile sem dúvidas emocionante, que mostrou como a força do trabalho da diretoria e comunidade podem levar ao tão sonhado título. A taça de primeiro lugar veio logo no início do desfile, e muitos diretores da escola ostentavam uma faixa que atribuía o título ao trabalho da diretoria do "Tatu". O grande destaque do desfile foi, sem sombra de dúvidas, a comunidade, um dos pilares da agremiação . A alegria dos componentes era muito visível. Celsinho Mody também deu um show de interpretação e conduziu muito bem o samba. Na dispersão o clima era de muita festa, com muitos gritos de "É campeão!."
Depois do desfile, entrevistei o intérprete Celsinho, que contou um pouco sobre a sensação de ser campeão:


Também falei com o carnavalesco Flávio Campello, outro responsável pelo título da Tatuapé. A escola esteve muito bem em termos plásticos, fator preponderante para a conquista do campeonato. Flávio contou se pretende ou não continuar na azul e branco para o carnaval de 2018, confira abaixo:


Com festa, alegria e descontração, o carnaval paulistano chegou ao fim em 2017. Até o próximo, mais onze meses de espera. Enquanto isso, vale repercutir e comentar os resultados, e é claro, as inúmeras especulações que já pipocam pelas redes sociais.
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Se para as escolas do Grupo Especial 2017 foi um ano difícil, a situação do Grupo de Acesso não foi diferente. As agremiações tiveram que usar a criatividade e muita reciclagem dos anos anteriores para driblar a crise. O segundo grupo paulistano infelizmente não tem a mesma força e sucesso do grupo principal. O público presente no Anhembi também é inferior, e por acontecer no mesmo dia que o Especial do Rio de Janeiro, os desfiles muitas vezes são deixados de lado. Porém, é preciso ressaltar que o carnaval do acesso está cada vez maior e mais disputado, como aconteceu neste ano.
A campeã do Acesso 2017, a X9 (Foto: Juliana Yamamoto/Carnavalize)
A campeã foi a X-9 Paulistana. A escola que caiu do Especial em 2016, veio forte para buscar o retorno à divisão de elite. Perseguindo o acesso, a agremiação contou com o retorno do consagrado carnavalesco Lucas Pinto. A "X" apostava em, principalmente, dois quesitos: enredo e samba. O primeiro, que ao ser divulgado, pegou todos de surpresa, foi muito bem contado na avenida, sendo de fácil assimilação. O samba, que não era um dos mais elogiados da safra, foi corretamente conduzido pelo intérprete Darlan Alves, estreante na escola. Ele, que construiu sua história na Rosas de Ouro, foi um dos melhores intérpretes da noite e melhorou consideravelmente o desempenho do samba. Também é preciso destacar o casal de mestre-Sala e porta-Bandeira, que teve poucos meses de ensaios. Entretanto, fizeram um grande trabalho no Anhembi. A Comissão de Frente também foi um destaque. No comando da coreógrafa Yaskara Manzini, a comissão iniciou com gosto o desfile da escola. A parte plástica alternou altos e baixos. O abre-alas era de Grupo Especial, com uma bela iluminação e um bom acabamento, porém o nível alegórico foi caindo ao longo dos setores:algumas falhas de acabamento e uma escultura no terceiro carro que estava sem metade do braço. O ponto negativo do desfile ficou por conta da harmonia. O canto era inconstante, e enquanto alguns componentes cantavam, outros apenas entoavam o refrão principal, ou nem isso. Apesar de erros, a X-9 conseguiu o resultado que almejava e tornou-se campeã do Grupo de Acesso.

O 1º casal da Independente, Cley e Lenita (Foto: Juliana Yamamoto/Carnavalize)
Em segundo lugar e conseguindo também uma vaga no Grupo Especial, terminou a Independente Tricolor. Com um desfile extremamente técnico e luxuoso, a agremiação da Vila Guilherme surpreendeu a todos que estavam no Anhembi. Na estreia do carnavalesco Vinicius Freitas - filho do grande Jorge Freitas - a vermelho e branco encantou com a sua imponência em alegorias e fantasias, Os carros apresentaram um acabamento primoroso, principalmente o segundo , que representava Pinóquio e foi um dos mais belos da noite de domingo. As fantasias também estavam belíssimas. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Cley e Lenita, também se destacou com um bailado elegante. A fantasia de Lenita também impressionou bastante. A comunidade cantou com muita alegria o samba-enredo e mostrou a força do seu chão. A evolução foi constante e não teve problemas durante o desfile. De negativo, apenas o enredo que foi de difícil compreensão e não seguiu uma "linha do tempo". Mas nada que tirasse o brilho de um grandioso desfile da Independente e a impedisse de almejar o Grupo Especial. Ademais, a agremiação contou com a presença de Jorge Freitas, que ajudou na organização da escola e auxiliou o filho.

O Abre-alas da Colorado do Brás (Foto: Juliana Yamamoto/Carnavalize)
A terceira posição da tabela acabou com a Colorado do Brás. Em um desfile colorido, leve e solto, a escola cativou o público. Com um samba animado, a agremiação levantou as arquibancadas.  A escola do Pari apostou em alegorias bastante coloridas e de fácil compreensão. Apesar das falhas de acabamento em algumas esculturas, o conjunto alegórico passou muito bem pelo Anhembi. As fantasias, apesar de serem simplórias, estavam bonitas e de encher os olhos. Outro destaque foi o casal de MS&PB que desfilou com leveza e elegância, encantando a plateia. A harmonia também passou correta, e o alegre samba-enredo ajudou os componentes no canto. Carro de som e bateria também fizeram bons trabalhos. De negativo, a evolução, que esteve muito inconstante durante o desfile. Pouco se esperava da Colorado, mas a alvirrubra pisou forte na passarela e mostrou a força e garra da comunidade que faz todos os seus ensaios na rua. Brigando nota a nota com a Independente, a agremiação ficou para trás apenas no último quesito e terminou com o terceiro posto. Uma grata e feliz surpresa.

O Camisa teve a árdua missão de falar sobre João Cândido (Foto: Juliana Yamamoto/Carnavalize)
Em quarto lugar, ficou o Camisa Verde e Branco. Com um desfile muito impactante, principalmente nos quesitos de chão, a escola da Barra Funda estava embuída no sonho de voltar ao Grupo Especial, e mostrou isso no Anhembi. Com um dos melhores samba-enredos da safra, a verde e branco fez um dos maiores desfiles da noite. A comunidade entoou a letra a plenos pulmões; todos os componentes cantavam com gosto. A evolução, por sua vez, foi regular.  O samba, composto em 2003 e reeditado neste ano, foi bem conduzido pelo intérprete carioca Thiago Brito, estreante na escola. A bateria, apesar de não ter sido uma das melhores do dia, cumpriu o seu papel. Outro destaque foi a comissão de frente, muito bem ensaiada e coreografada, que iniciou o desfile com o pé direito. As alegorias apesar de apresentarem falhas de acabamento, eram de fácil compreensão. Era impossível não colocar o Camisa brigando pelo título após a sua passagem no Anhembi. No mais, a escola cometeu poucos erros graves que pudessem tirar muitos décimos. Entretanto, na apuração o contrário aconteceu: a verde e branco sofreu em muitos quesitos, principalmente em samba-enredo, gerando controvérsias, e terminou num decepcionante quarto lugar.

A Leandro de Itaquera trouxe um samba histórico para o Anhembi, Babalotim! (Foto: Juliana Yamamoto/Carnavalzie)
A quinta colocação foi da Leandro de Itaquera. Reeditando Babalotim, um dos maiores sambas do carnaval de São Paulo, a agremiação da Zona Leste buscava o retorno ao Grupo Especial. Com um bom desfile, mas abaixo de algumas outras escolas, a Leandro, mesmo com o excelente samba, não passou da metade da tabela. A comissão de frente estava com uma belíssima fantasia e uma coreografia de bastante impacto; o abre-alas, apesar de simples, estava bonito e bem acabado. Parecia que a Leandro iria brigar lá em cima, mas ao longo do desfile o conjunto alegórico e as fantasias caíram de nível. Em que pese os problemas de acabamento, pode-se destacar o carro que veio logo após as baianas - que estavam fantásticas. As fantasias apresentaram muitas irregularidades e também estavam com problemas no acabamento. A comunidade de Itaquera cantou o samba com muita garra. O samba-enredo foi bem conduzido pelo intérprete Daniel Collete, em seu primeiro desfile na escola. A bateria também tocou sem sobressaltos e ajudou na valorização do samba. Mesmo assim, para a plateia, Babalotim não aconteceu. As arquibancadas estiveram mornas e não cantaram com vigor a icônica obra. Outro problema foi a evolução: apesar de um início regular, no final do desfile a escola teve que diminuir o ritmo para conseguir terminar no tempo mínimo, tanto que, chegando perto da dispersão, a bateria parou por alguns minutos até voltar a andar e terminar a sua passagem. Apesar dos erros, a reedição de Babalotim foi um momento histórico. Quem teve a oportunidade de assistir ao vivo com certeza guardará esse momento único. Já para a Leandro, o desejo de voltar ao Especial foi adiado mais uma vez.

A sexta colocada do Acesso paulista, Pérola Negra (Foto: Juliana Yamamoto/Carnavalize)
Atrás da Leandro, e na sexta posição, esteve o Pérola Negra. Após cair em 2016, a escola da Vila Madalena tentava se reerguer e voltar ao grupo de elite, porém isso não aconteceu. Com um enredo de difícil compreensão e um samba que não era um dos mais elogiados, a agremiação recebeu muitas notas baixas e amargou o sexto lugar. A escola teve os quesitos visuais como destaque. As alegorias estavam muito bem acabadas e coloridas. O abre-alas - assim como o da X-9 - era de grupo especial. As fantasias também estavam bonitas, porém uma ala estava apenas com a camisa da agremiação, calça legging e boné, destoando das demais. Mestre-sala e porta-bandeira estavam bem vestidos, e se apresentaram com elegância. A harmonia, que sempre foi um dos problemas da escola, passou regular. Os componentes cantavam, mas não com a mesma intensidade e força das coirmãs. Infelizmente, o Pérola pecou em alguns quesitos. O enredo foi de difícil compreensão, a começar pela comissão de frente. O samba, apesar de ser bem conduzido pelo intérprete Juninho Branco e o carro de som, não rendeu na avenida. A escola também teve problemas de evolução. Formou-se um buraco durante o desfile, entre uma ala e o último carro. Ademais a agremiação acelerou sem necessidade o passo no fim do desfile,  porque estavam com um bom tempo no cronômetro. Com essa série de erros, que não passou despercebida pelos olhos do jurados, o Pérola teve de se contentar com o sexto lugar.
  
O desfile com autoria do carnavalesco Mauro Xuxa ficou apenas na sétima colocação (Foto: Juliana Yamamoto/Carnavalize)
O Imperador do Ipiranga, por sua vez, terminou em penúltimo lugar. A escola, que também apostou numa reedição para tentar voltar ao Grupo Especial, amargurou a sétima posição e quase o rebaixamento para o Grupo I. Com a estreia do carnavalesco Mauro Xuxa - que foi vice-campeão do Grupo Especial pela Tatuapé em 2016 - o Imperador sonhava voltar a elite do carnaval, mas acabou sofrendo com desfile muito problemático. A comissão de frente não foi uma das melhores. Os componentes apresentaram falta de sincronia na coreografia, inclusive nas apresentações para as cabines do júri. Além disso, a fantasia era muito simples e um componente da comissão não estava com um adereço na perna. As alegorias e fantasias também foram pontos negativos do desfile. Os carros eram de difícil concepção e apresentaram muitas falhas de acabamento. As fantasias, muito irregulares, também tinham problemas de finalização. A evolução foi outro quesito que prejudicou o Imperador: formaram-se dois buracos, um entre o primeiro casal de MS&PB e o carro abre-alas, e outro, entre uma ala e o último carro da escola. De positivo, tivemos o primeiro casal de MS&PB, que se apresentou satisfatoriamente, e a bateria, que ousou em paradinhas; e na apresentação para a cabine julgadora na torre 6, valendo-se de uma coreografia que levantou o público. O samba-enredo também foi um dos destaques, mesmo recebendo notas baixas.

A última colocada do Acesso, Estrela do Terceiro Milênio (Foto: Juliana Yamamoto/Carnavalize)
Em último lugar  e rebaixada à terceira divisão, ficou a Estrela do Terceiro Milênio. A escola, que veio do Grupo I sonhava em se manter no Acesso, apesar da missão ser muito difícil. Abrir os desfiles de domingo era complicado, mas a agremiação do Grajaú não deixou a peteca cair. Com um desfile surpreendente e luxuoso, a Estrela iniciou o desfile com pé direito. As fantasias foram uma das mais belas que passaram no domingo, o conjunto era muito colorido e bem acabado. As alegorias também foram outro show a parte, apesar de terem passado apagadas - o que influenciou nas notas. Outro ponto positivo foi o primeiro casal de MS&PB, que muito muito entrosado, se apresentou com correção. A bateria levantou a arquibancada e passou com um ótimo andamento. Ademais, os componentes cantavam com muita alegria e pareciam se divertir no desfile. A escola, infelizmente também apresentou alguns pontos negativos. O enredo foi de difícil compreensão na avenida, o samba-enredo, apesar de ter sido bem conduzido pelo intérprete Vaguinho, não rendeu como o esperado. Apesar de ter feito uma apresentação com claras pretensões de permanência no grupo, a Estrela sofreu com o excessivo rigor dos juízes, e acabou rebaixada ao Grupo I.

Assim terminamos a nossa análise sobre as colocações dos desfiles do Grupo Especial e Acesso. E você, o que achou dos desfiles do Acesso? Concorda com o resultado? Dê seu veredito!
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por Leonardo Antan e colaboração de Felipe de Souza. 




Os tamborins mal se calaram direito, mas o bafafá na coxia da festa carnavalesca começou alto esse ano, logo cedo. Desde quarta, após as apurações, soou a largada para o Carnaval 2018 com a divertida troca das cadeiras. Quem sai, quem fica, pra onde vai, especulações... Façam suas apostas! Lage fora do Salgueiro? Paulo Barros em uma outra agremiação? O fim da histórica comissão de Carnaval da Beija-Flor? Os próximos dias serão fortes! E a gente vai seguir aqui fazendo uma balanço completo para vocês, com as principais contratações. Confira: 

          Em Alta - Quem fica:

Desde 2013 na Imperatriz, o experiente carnavalesco Cahê Rodrigues segue para mais um ano na Rainha de Ramos. Após quatro anos consecutivos no Sábado das Campeãs, a escola ficou apenas com a sétima colocação com o enredo sobre o Xingu em 2017. Nos quesitos ligados ao carnavalesco, Cahê garantiu quatro 9,9 em alegorias, dois 9,9 e dois 10 em fantasias e três 9,9 e um 10 em enredo.

Após certa especulação e propostas tentadoras de outras agremiações, Leandro Vieira segue na Mangueira para 2018. O carnavalesco que foi campeão em sua estreia e faturou o quarto lugar esse ano, segue na Estação Primeira após o apelo da torcida, que realizou uma campanha nas redes sociais com a hashtag "#FicaLeandro". Chiquinho, presidente da escola, não foi bobo e tratou de garantir a permanência do artista. Das 12 notas dos quesitos enredo, alegorias e fantasias, apenas uma não foi dez para Leandro, um 9,9 em fantasias.

Mais uma escola que já tem seu artista para tocar seu barracão este ano é a vice-campeã Mocidade Independente. O veterano Alexandre Louzada segue na verde e branco para o Carnaval que vem. No julgamento, o carnavalesco levou apenas um 9,9 em alegorias e outro em fantasias, ambos descartados. Já o enredo foi a grande falha da escola, que a tirou da briga pelo título, levando dois 9,9. Além de Louzada, os coreógrafos da Comissão de Frente, Jorge Teixeira e Saulo Finelon, responsáveis pelo sucesso do Aladdin voador, seguem na agremiação. 

Além dos carnavalescos, outras renovações aconteceram na São Clemente, que segue com o casal Fabrício e Denadir. E na Série A, a Unidos de Padre Miguel confirmou a permanência do intérprete Pixulé e da dupla de mestre-sala e porta-bandeira Vinícius Antunes e Jéssica Ferreira.

      Em baixa - Quem saiu:

Depois de dois anos nessa última passagem em Vila Isabel, o experiente artista do Carnaval Alex de Souza se desligou da azul e branco após o desfile complicado da agremiação, que revelou sérios problemas de barracão e de bastidores da Vila. No Especial desde 2006, Alex já teve passagem pela Mocidade, a própria Vila e a União da Ilha. 

Um dos primeiros a anunciar que não seguiria na mesma agremiação para 2018 foi o estreante Jorge Silveira, carnavalesco que assinou um belo carnaval na Viradouro, faturando um vice-campeonato, apesar dos problemas de barracão da escola. Jorge é, também, um dos artistas responsáveis pela Dragões da Real, que perdeu o título do Especial de SP por alguns décimos. 

Após conseguir a façanha de fazer a escola que subiu permanecer no grupo, o carnavalesco Márcio Puluker não segue na Acadêmicos do Sossego para o ano que vem. Com passagens por Cubango e Inocentes de Belford Roxo, Puluker está sem escola, tendo no seu currículo vários enredos homenagens e várias Xicas da Silva consecutivas.   

Um dos carnavalescos mais promissores da folia, João Vitor Araújo, não prossegue na Rocinha após o espetacular desfile sobre Viriato Ferreira na tricolor da Zona Sul. Vindo de uma 13ª colocação, a escola surpreendeu e faturou um honroso e justo sexto lugar neste Carnaval, muito pelo excelente trabalho plástico requintado de João Vitor, que já assinou a Viradouro em 2014 e 15. 

     Estáveis - Quem se mudou:

A primeira troca de cadeiras oficial aconteceu na Série A. Após cinco grandes carnavais na Unidos de Padre Miguel, o carnavalesco Edson Pereira se desligou da vermelho e branco e foi para outra escola das mesmas cores, só que de Niterói. Edson e a UPM eram uma das duplas mais sintonizadas da festa atualmente, com a combinação de um trabalho plástico primoroso e a garra da comunidade da Zona Oeste. Vale lembrar que Edson retorna à Viradouro. Ele já assinou a escola em 2010, quando ela foi rebaixada do Grupo Especial na apresentação sobre o México, que teve graves problemas administrativos na época. 


     Especulações:

Carnavalize também é programa de fofoca, e não podíamos deixar de terminar comentando as especulações que correm o (sub)mundo do Carnaval. De quase certo, mas ainda não oficializado, temos a possível saída de Renato e Márcia Lage do Salgueiro, após 14 anos na vermelha e branco. Era o maior casamento em vigência entre escola e artista. Pela presidente Regina Sinhá Celi, eles permanecem, resta saber a vontade dos dois. Os boatos dizem que três escolas estariam de olho na dupla: Tijuca, Grande Rio e Beija-Flor. A conferir. 

Outro bafafá mais recente, que tem como fonte Léo Dias, é que depois do quebrar o jejum da Portela, Paulo Barros estaria negociando com a Vila Isabel. Será que com tantos problemas, a azul e branco teria grana para bancar o carnavalesco mais caro da folia? Vale lembrar que Paulo já passou por lá em 2009, quando dividiu a assinatura do desfile com Alex de Souza. 

De qualquer maneira vamos aguardar as confirmações. O mercado não para, então logo a gente volta com mais novidades e as novas cotações! 
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Continuando a análise dos desfiles das escolas de samba de São Paulo, falo agora das sete últimas colocadas. Apesar de suas posições na parte de baixo da classificação, as sete escolas a seguir ajudaram a abrilhantar as duas noites de festa no Anhembi.

O casal nota 40 da Tucuruvi (Foto: Flávio Moraes/G1)
Em oitavo lugar ficou o Acadêmicos do Tucuruvi. Com um desfile simpático, a escola se notabilizou em termos plásticos. Wagner Santos teve um ano inspirado e suas alegorias, além de belíssimas, eram coloridas e bem acabadas. Mesmo com o melhor conjunto visual da noite, as notas no quesito foram baixas. O casal de mestre-sala e porta-bandeira também foi destaque: estreando na escola, Kawan e Waleska, que dançaram juntos pela primeira vez, conseguiram a nota máxima. A bateria do Zaca, dirigida por Guma Sena, passou correta e ajudou muito no desempenho do samba. Entretanto, as fantasias estavam irregulares e com falhas de acabamento. A harmonia também deixou a desejar,  pois muitos componentes não cantavam, ou quando o faziam, entoavam apenas o refrão principal. Ademais, o problema de harmonia da Tucuruvi é crônico, e em 2017 não foi diferente. A evolução foi outro calcanhar de aquiles, e a agremiação teve que acelerar o passo para conseguir terminar no tempo: os portões fecharam em 1:05, tempo máximo de apresentação. Em que pese ter um dos melhores enredos do carnaval, a escola também foi despontuada nesse quesito. Por esta série de fatores, a Tucuruvi terminou num tímido oitavo lugar.

Abre-alas da Gaviões, a 9ª colocada do Carnaval em 2017 (Foto: Alan Morici/G1)
A nona posição ficou com a Gaviões da Fiel, que teve seu chão como destaque. A comunidade cantou o samba com muita garra e força, e a evolução também foi ótima, sem nenhum problema com o cronômetro. O primeiro casal de meste-sala e porta-bandeira também teve boa atuação, com belo bailado e entrosamento entre ambos. O enredo, apesar de confuso, foi bem visto pelos jurados. O samba-enredo - que não era um dos mais elogiados da safra - foi conduzido corretamente pelo sempre competente Ernesto Teixeira. A bateria também ajudou no bom desempenho do samba. Entretanto, a escola pecou nos quesitos alegorias e fantasias. A plástica da "Torcida que Samba" foi muito irregular, com falhas de acabamentos nos carros, má concepção e fantasias muito abaixo do esperado. Com isso, a classificação final da alvinegra acabou sendo justa.

Mancha Verde e seu casal Marcelo e Adriana (Foto: Alan Morici/G1)
A décima colocada foi a Mancha Verde. Campeã do Grupo de Acesso de 2016, a escola abriu os desfiles de sábado com o grande desejo de permanecer no Especial, e conseguiu. Apesar do samba-enredo não ser um dos mais elogiados, acabou impulsionado por Freddy Vianna e seu excelente carro de som. A Mancha veio forte em quase todos os quesitos. As alegorias estavam muito bem acabadas e com boa concepção. A comunidade cantava com vigor o samba, e a evolução foi regular, não tendo problemas de "efeito sanfona" ou invasão de alas. O enredo também foi de fácil assimilação e muito bem explicado na avenida. O casal de MS&PB foi um dos pontos altos da noite, e encantou com sua elegância. A alviverde, porém, pecou no figurino, que além de irregular, apresentou algumas falhas. A bateria não foi uma das melhores da noite e o samba-enredo que apesar de ter sido bem conduzido pelo intérprete, recebeu algumas notas baixas. A escola fez um desfile para voltar nas campeãs, mas terminou em décimo lugar.

As baianas do Peruche, escola que homenageou Salvador (Foto: Alan Morici/G1)
Em décimo primeiro, ficou a Unidos do Peruche. A agremiação, que em 2016 conseguiu se manter no Especial, tentou alçar voos maiores. A alegre exibição foi embalada por um dos melhores sambas do grupo fez o Peruche levantar a arquibancada, que abraçou e cantou o samba junto com a comunidade. A harmonia, aliás foi um dos pontos altos do desfile: os componentes cantavam a bonita obra da escola da Rua Zilda com muita alegria. A bateria foi outro destaque da noite, e ousou nas bossas. O casal de MS&PB também estava belíssimo. As alegorias, apesar de apresentarem alguns problemas de acabamento e caírem no "clichê", contaram bem o enredo. Sobretudo o abre-alas que era um dos mais bonitos, junto com o carro do Pelourinho. Este teve em sua lateral uma bela encenação, que arrancou aplausos da plateia. As já citadas falhas de acabamento, aliadas à irregularidade presente nas fantasias e aos problemas de evolução, custaram ao Peruche uma posição melhor.
                         
A homenageada, Elba Ramalho, desfilando pela Tom Maior (Foto: Alan Morici/G1)
Logo atrás, veio a Tom Maior. A vice-campeã da segunda divisão abriu os desfiles de sexta-feira, com a difícil missão de se manter na elite, e surpreendentemente conseguiu. Além de fantasias pouco inspiradas, a vermelho e amarelo teve problemas de evolução, principalmente com o segundo carro, que teve dificuldades de entrar e deu origem a um grande buraco no primeiro setor. A harmonia, por sua vez, também foi inconstante. De positivo, dá pra citar o samba-enredo, que passou muito bem na avenida e caiu no gosto dos jurados. O enredo foi bem apresentado na avenida, e a bateria teve andamento dentro do aceitável, ajudando  no desempenho do samba. As alegorias, mesmo com falhas de acabamento e problemas de concepção, passaram bem pelo Anhembi. A permanência no Grupo Especial satisfez as ambições da Tom Maior.

Comissão de Frente da Águia de Ouro, que falou sobre o amor animal no Anhembi (Foto: Flávio Moraes/G1)
Em penúltimo lugar e caindo para o Grupo de Acesso, ficou o Águia de Ouro. A escola,desde o pré-carnaval sofreu duras críticas pela escolha do enredo, e principalmente do samba, acabou vendo isso se refletir em sua exibição. O enredo foi muito complicado de entender; as alegorias e fantasias também não ajudaram e passaram com muitos problemas de acabamento. O samba-enredo não ajudou, nem prejudicou o desfile, e passou com regularidade. O casal formado por João Carlos e Ana Paula, e a bateria, que acelerou o andamento do samba e arriscou um pouco nas convenções, ajudaram a melhorar o cenário da apresentação, assim como os componentes, que tentaram dar vida ao questionado samba. Os quesitos de chão estavam salvando a escola e mantendo-a no Grupo Especial, até chegar ao último quesito, justamente samba-enredo. Com  muitas notas baixas, o Águia acabou sendo rebaixado ao Grupo de Acesso.

A águia de uma das escolas mais tradicionais de São Paulo, a Nenê (Foto: Flávio Moraes/G1)
 A Nenê de Vila Matilde amargou a última posição. Apesar de um começo muito forte, com uma comissão de frente interessante, e o excelente primeiro casal de mestre-sala e porta bandeira, que é um dos melhores do Especial.  Mas nem mesmo os 40 pontos de Jefferson e Janny conseguiu salvar a Nenê. Apesar disso, contraste da Águia do abre-alas, com o céu azul foi uma das cenas mais bonitas de todo o carnaval. Ao longo do desfile, porém, o nível das alegorias foi caindo, e a animação dos componentes também. A harmonia foi muito inconstante: algumas alas cantavam, e outras não. As fantasias também foram irregulares, tendo alguns problemas de finalização. O enredo também não foi totalmente explorado, dando uma sensação de "vazio". Outro ponto negativo foram os tripés da escola, principalmente aquele que representava um ponto de ônibus. A evolução também não foi uma das melhores, e a Vila terminou o primeiro dia como grande candidata ao descenso, o que acabou se confirmando na terça-feira.

Termina aqui a análise das sete últimas colocadas do Grupo Especial de São Paulo. Você, leitor, aprovou a metade final da tabela? Achou os rebaixamentos justos? Comente!
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com Leonardo Antan e Vitor Melo.


O Carnaval, apesar de tudo, sobrevive! Continua para ver ressurgir a força de suas grandes escolas. Hoje, parafraseando Manoel de Barros, Madureira é o "maior quintal do mundo"!

Depois de 33 anos, às lágrimas, a Portela voltou a brilhar no ponto mais alto do pódio. A maior campeã do Carnaval mostrou que sabe ousar e ser tradicional, com a marca de sua elegância. Mesmo com o longo jejum, a Portela permaneceu invicta com seus 21 títulos, marca de quem foi a líder absoluta entre as décadas de 40 à 60. Hoje, em 2017, soube pisar na Sapucaí com a técnica e competência que uma escola precisa ter para impressionar o júri oficial. Aliando o passado, o presente de mão dadas rumo ao futuro. 

"Vai inspiração, voa em liberdade, pelas curvas da saudade."



Após perder seu maior líder desde Natal, ela se manteve aguerrida. Falcon foi o líder que a escola precisava por muito tempo. Chegou em 2013, fazendo Madureira de novo sonhar. Foram três carnavais sob a sua liderança, que mostraram uma Águia forte, competitiva e pronta para ser campeã. Após Paulo da Portela e Paulinho da Viola, Barros colocou seu nome junto a outros grandes xarás fazendo da agremiação mais uma vez campeã. 

Foram 3.500 componentes que fizeram mais uma estrela brilhar no pavilhão de Madureira. Elegantemente trajados, cada um deles foi fundamental para sua vitória. Derramando um rio de amor, que passou abençoado por grandes baluartes da nossa história. Como não se emocionar a ver um rio encher a Sapucaí e transbordar nossa mais pura raiz. Paulo, Caetano, Rufino, Candeia, Dodô, Clara e Maria Lata D'água. Sem citar ainda, Monarco, Surica, Waldir 59, Casquinha, Vicentina, Wilma Nascimento, Danielle, Samir Trindade, Gilsinho, tantos outros que fazem o azul mais azul e o branco mais branco. Sob as bençãos de nossos padroeiros, Oxóssi e, principalmente, Oxum, que banharam a azul e branca de Axé.


Nos últimos três carnavais, a Portela esperou pacientemente sua hora. Soube admitir suas falhas em alegorias e comissão de frente em 2015, e reconhecer a grande apresentação mangueirense ano passado. Neste ano, esperou até o último quesito. Sofreu a cada nota, a cada nove, vibrou a cada dez. Por cerca de duas horas, todos fomos um pouco portelenses. Sentíamos que seria dessa vez. Um 9,9 não deixaria isso acontecer, mas a Mocidade estava lá, para qualquer erro da Águia. Felizmente, não aconteceu! Pela 22ª vez, a Portela foi ainda mais Portela. E o carnaval foi ainda mais carnaval. 

Ainda andando pelas bandas de Oswaldo Cruz e Madureira, seguindo pela Edgar Romero, vem de lá uma certa verde e branca que andava esquecida em meio a tantos outros carnavais. O Império Serrano estava na Série A desde 2010, amargando um recorde de oito carnavais no segundo grupo, e vivendo nos últimos anos crises que deram um arrocho em seus desfiles. Briga políticas viraram protagonistas, quando o essencial devia ser o samba.

Tem poesia no ar, você já sabe quem sou, pelo toque do agogô




A aposta de 2017 foi em um enredo com promessa de patrocínio, ao invés de, no ano em que completa 70 anos, se homenagear. A crise pegou para todos, mas o enredo "Meu Quintal é Maior que o Mundo" caiu como uma luva para a escola em todos os sentidos. Trouxe de volta a brasilidade e essência imperiana, apesar de criticada por ter o mesmo eixo central do Acadêmicos do Sossego em 2016, na Série B. Desde a escolha do samba, a parceria de Lucas Donato deu o clima a um grande carnaval que ia ganhando corpo, sendo eleita por aclamação pelos componentes da escola.

Era hora da fibra e da disposição entrarem na disputa pelo Carnaval. Ao cruzar a Avenida, o Império Serrano mostrou que entrava na briga pelo título. Os problemas de outras escolas iam deixando a escola cada vez mais determinada. Com um grande circo da natureza, entraram em cenas aves, pássaros, repteis e grandes mamíferos. Entrou a coragem do índio e, acima de tudo, a beleza da poesia de Manoel de Barros. Menino Bernardo comandou a festa! 

Abriu-se a janela e o que se viu foi o fim de uma espera. O Imperiano voltar ao seu lugar: o de vencedor!

Os décimos perdidos pela escola em Alegorias e Adereços e em Mestre-Sala e Porta-Bandeira não tiraram a escola da luta. E mal sabia ela que iria assumir a liderança da disputa graças ao canto de sua comunidade, com quatro notas 10 em Harmonia. Dali em diante, cada torcedor foi mais verde e branco que tudo, e somente isso bastava. O Império Serrano voltava ao lugar de onde nunca deveria ter saído!

Neste 1º de Março de 2017, aniversário de 452 anos do Rio de Janeiro, Madureira se tornou o centro geográfico e cultural da nossa Cidade Maravilhosa, com seu mercadão, seu axé, suas lojas, estações de trens. A coroa e águia hoje brilham juntas e nem lembram mais do que já se estranharam. Exibem juntas a força de 31 troféus que fazem a história da folia. Que venham mais títulos, mais lágrimas, mais conquistas. O Carnaval merece, a Portela de Monarco e a Serrinha de Silas merecem!
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O Carnaval de São Paulo acabou. Muitas escolas já estão pensando no enredo de 2018, troca de carnavalescos, casais de mestre-sala e porta-bandeira, mas ainda precisamos falar sobre 2017. Nesse ano, tivemos desfiles marcados pela criatividade e também pela reciclagem. Com a crise no país, muitas escolas tiveram que reaproveitar materiais dos anos anteriores e utilizar peças mais baratas. Sem dúvidas, foi um ano de muita garra e superação para as escolas conseguirem colocar seu carnaval na avenida.

A Acadêmicos do Tatuapé foi campeã do Carnaval pela primeira vez (Foto: Acadêmicos do Tatuapé)
Em 2017 tivemos uma campeã inédita, a Acadêmicos do Tatuapé que, após seu vice-campeonato, pisou forte no Anhembi para conseguir o sonhado título. Com a estreia do carnavalesco Flávio Campello, a escola veio muito forte plasticamente e com fantasias coloridas, o samba-enredo - considerado um dos melhores da safra - foi cantado a todos pulmões pela comunidade da Zona Leste e também conduzido muito bem pelo intérprete Celsinho Mody. Com uma evolução regular - apesar dos problemas de invasão de alas e efeito sanfona -, além de bateria e outros quesitos corretos, a escola veio forte tecnicamente, plasticamente e com seu chão, tornou-se campeã do Carnaval com muito mérito.

A Dragões foi em busca do seu primeiro título, que está amadurecendo (Foto: Léo Franco/Dragões da Real)
A vice-campeã do carnaval, Dragões da Real, também poderia ter sido a primeira colocada, que a classificação continuaria justa. Com um dos desfiles mais bonitos, a escola da Vila Anastácio emocionou e agitou o público. Era impossível não se levantar, bater palmas e cantar o samba quando a bateria passava ou quando via-se aqueles carros alegóricos. Nos últimos anos, a Dragões andava tendo problemas em samba e enredo, mas em 2017, tudo foi resolvido. A tricolor veio forte tecnicamente em todos os quesitos. A parte plástica foi um dos pontos mais altos do desfile, assim como a Comissão de Frente, que foi de encher os olhos. O cantor Renê Sobral, estreando na escola, fez um desfile grandioso e mostrou o quanto é talentoso. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira surpreendeu a todos com um belo bailado, aliado à uma fantasia fantástica. A comunidade mostrou sua força ao entoar o samba com toda garra que o mesmo pedia. O único problema foi a evolução no terço final da exibição, mas nada que a tirasse da briga pelo título. Tanto é que brigou até o final e perdeu apenas na última nota. Definitivamente, a Dragões cresce mais a cada dia, e não deve demorar a conquistar uma taça.

Vai Vai trouxe a história de Mãe Menininha do Gantois para o Anhembi (Foto: Marcelo Brandt/G1)
A terceira colocada foi a "Escola do Povo",  o Vai-Vai. Muitos estavam ansiosos e aguardavam com entusiasmo esse desfile após os ensaios técnicos, porém foi muito abaixo do esperado. A Saracura teve pontos fortes no desfile como a harmonia, o casal de MS&PB. que bem fantasiado, dançou muito bem. Ademais, o enredo foi muito bem contado pela comissão de carnaval, o conjunto visual e a bateria foram bem aceitos, confirmando as expectativas. Porém, o  belo samba não "aconteceu" no desfile oficial, diferentemente dos anos de 2015 e 2011, em que as respectivas obras foram entoadas pelas arquibancadas,  impulsionando ainda mais tais desfiles da alvinegra do Bixiga. Mesmo não tendo o devido respaldo do público, a marcante obra foi defendida com louvor pelo carro de som do experiente Wander Pires, que contou com o luxuoso apoio de Grazzi Brasil. Em 2017, a plateia não respondeu à passagem do Vai-Vai, muito por conta do pequeno apelo da homenageada. Também precisamos ressaltar que nem sempre o público dos ensaios técnicos é o mesmo dos desfiles oficiais, então a recepção ao samba pode ser diferente. Outro ponto negativo foi a evolução. O início lento, somado à grande contingente de componentes fez a escola acelerar no final para conseguir terminar no tempo. Apesar dos problemas, a aguerrida comunidade alvinegra conseguiu dar à agremiação um honroso terceiro lugar.

O tigre da Império de Casa Verde veio alado e nas cores da escola (Foto: Paulo Pinto/LIGA-SP)
A quarta colocada foi o Império de Casa Verde. A agremiação, que estava em busca do bi, cantou a Paz na avenida. Com um desfile luxuoso - mas abaixo de 2016 - a escola apresentou belas alegorias, que estavam muito bem acabadas, assim como as fantasias. A Barcelona do Samba se destacou novamente, e ajudou no desempenho do samba, que mesmo não sendo um dos quesitos mais fortes da "Caçula", cumpriu seu papel. O ídolo imperiano Carlos Júnior também contribuiu para isso, já que esteve em uma noite de gala. Apesar disso, a escola passou fria para arquibancada e em comparação ao ano passado, não demonstrou a mesma potência. Além disso, o enredo mostrou-se confuso na avenida - apesar das notas 10 - fazendo com que a escola terminasse num quarto lugar.

A Rosas de Ouro desfilou com o dia clareando, fechando o Carnaval paulista (Foto: Alan Morici/G1)
Em quinto ficou a Rosas de Ouro. Após um desfile irreconhecível em 2016, a escola da Freguesia do Ó tentava se reerguer. Com a contratação de André Machado - um dos carnavalescos mais injustiçados de São Paulo - a azul e rosa sonhava voltar à sua força de antes. A Roseira teve como pontos fortes,o casal de MS&PB que passou muito bem pelo Anhembi, e o samba-enredo que cresceu na voz do intérprete Royce. Menção honrosa à harmonia, pois os componentes cantavam com gosto o samba. Apesar de alguns problemas de acabamentos nas alegorias, André Machado teve uma grande estreia em sua nova casa. O carnavalesco, aliás, conseguiu desenvolver com clareza o tema proposto. Foi muito bom ver o renascimento da Roseira após um ano difícil e uma surpreendente volta às campeãs.

O casal da Morada do Samba (Foto> Flávio Moraes/G1)
A sexta colocada foi a Mocidade Alegre. Mesmo se apresentando em uma posição ingrata de desfile, a Mocidade por pouco não voltou ao desfile das campeãs. Contando com a estreia do carnavalesco Leandro Vieira, a agremiação do Limão veio forte plasticamente, com destaque para o abre-alas e o quarto carro, da Kizomba. Outro destaque foi o casal de MS&PB que desde 2013 tira somente notas 10. Esse ano, receberam um 9.9, o que não tira em momento algum o encanto de seu bailado. Outro ponto positivo foi o samba-enredo. que com a ajuda de Ito Melodia no carro de som, tornou-se ainda mais forte. A Mocidade Alegre fez um desfile muito técnico: não levantou ou emocionou a arquibancada, mas emocionou os torcedores da escola. Comemorando o cinquentenário, a Morada do Samba tocou no coração de cada componente, principalmente no último setor, em que a escola foi, de fato homenageada. Mestre Sombra também investiu em paradinhas que não foram muito bem vista pelos jurados. No geral, a Mocidade fez um desfile de bom nível, mas acabou sendo prejudicada pelo fato de ser a segunda a desfilar na sexta-feira.

A Vila Maria falou sobre Nossa Senhora Aparecida no Carnaval 2017 (Foto: Flávio Moraes/G1)
A sétima escola foi a Unidos de Vila Maria. Com um desfile que foi aguardado por muitos, principalmente por contar os 300 anos de aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida, em um enredo que precisou de ser aprovado pela Igreja Católica para se concretizar. Na estreia do carnavalesco multicampeão, Sidnei França, todos esperavam uma apresentação impactante em termos plásticos, mas isso acabou não acontecendo. As alegorias apresentaram falhas de acabamento: o segundo carro passou apagado e no quinto, três "queijos" estiveram vazios. Esses problemas se refletiram nas notas da escola, que recebeu um 9.4 e 9.8 no quesito. Apesar disso, o desfile tivemos vários destaques positivos. Sidnei acertou nas fantasias que eram belíssimas e impecáveis, além do enredo que foi bem contado na avenida. O chão da escola também passou com brilhantismo pela pista. Os desfilantes cantavam com gosto e curtiam todos os momentos. A evolução, que sempre foi um dos problemas crônicos da Vila, também passou muito correta. Outro destaque acabou sendo o casal Edgar e Laís, que com uma dança elegante, gabaritou o quesito. Também vale mencionar a Cadência da Vila, comandada por Mestre Moleza, que com suas bossas e um bom andamento fez um grande desfile. Apostando em um tema de grande apelo emocional, a escola levantou as arquibancadas do Anhembi, que abraçou o samba e cantou alguns trechos da letra, principalmente o refrão principal. Apesar dos problemas em alegorias, a escola pisou forte em busca do título. O fim da apuração, contudo, reservou um decepcionante e inusitado sétimo lugar.




Assim termina a análise das sete primeiras colocadas do Grupo Especial de São Paulo. E você, leitor, o que achou do resultado? O título ficou em boas mãos? Comente!

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