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Carnavalize

Resultado de imagem para tijuca arquitetura e urbanismo 


RESUMO
A Unidos da Tijuca escolheu, como tema para o enredo de 2020, a Arquitetura e o Urbanismo. Cenário do Carnaval carioca, que é um dos maiores espetáculos a céu aberto do planeta, o Rio de Janeiro é Patrimônio Cultural Mundial, na categoria paisagem urbana, desde 2012. A cidade recebeu, ainda, recentemente, o título de primeira Capital Mundial da Arquitetura, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pela União Internacional dos Arquitetos (UIA). No ano em que o Rio será a sede de importantes eventos internacionais, como o 27º Congresso Mundial de Arquitetos e o Fórum Mundial de Cidades, além de exposições e concursos públicos, a Tijuca projetou seu desfile para explorar o passado, entender o presente e arquitetar o futuro. O enredo vai mostrar a incrível capacidade do homem de criar espaços que possam servir de abrigo para diferentes atividades. Ao realizar o seu trabalho, os arquitetos deixam registros que nos ajudam a compreender a nossa história. Templos, castelos, monumentos, casas, prédios, conjuntos habitacionais, parques, praças, ruas e avenidas revelam a contribuição de uma das mais antigas profissões. Das edificações da Antiguidade às cidades modernas, cada espaço ensina a cultura de seu tempo. Mas muitos são os desafios. É preciso conservar o patrimônio cultural da humanidade, além de resolver os problemas gerados pelo crescimento desordenado, que se agrava nos centros urbanos. Arquitetar a vida é assegurar o testemunho do passado, intervir no presente e traçar para o futuro uma cidade sustentável a que todos tenham direito…


Abertura

O que move homens e mulheres que se dedicam a pensar na arte de viver, projetar, organizar e produzir o lugar da moradia, do trabalho, da diversão, do lazer e da religião?

A sensibilidade do artista procura e encontra soluções, ao erguer palácios, igrejas, casas, vilas, cidadelas e metrópoles que desafiem o tempo e o espaço. Esse é um processo que acontece há milênios, todos os dias.

Tijuca percorre a Avenida da Capital Mundial da Arquitetura apresentando algumas de suas grandes realizações do passado até chegar às modernas metrópoles da atualidade. E convida a todos para participar do projeto de um futuro em que haja qualidade de vida e justiça social para todos. Que venham os arquitetos do mundo! Vamos planejar o amanhã… Porque os sonhos vivem dentro de nós e é possível torná-los realidade, se trabalharmos juntos.


Setor 1 – Em busca da eternidade…

Na Antiguidade, os que governaram as primeiras civilizações construíram edifícios monumentais para cultuar suas divindades, abrigar seus sarcófagos, proteger suas cidades, divertir seus povos. Maravilhas arquitetônicas do Mundo Antigo resistiram há milhares de anos, para que suas ruínas nos revelassem histórias perdidas no tempo, onde faraós e imperadores homenageavam os deuses e construíam templos que são testemunhos da avançada cultura das sociedades daquele período. O refinado conhecimento dos povos antigos, com suas construções simétricas e harmoniosas, foi resgatado de suas ruínas e inspira, até hoje, a arquitetura mundial.


Setor 2 – Arquitetando a história

Cada edifício da história guarda os registros do trabalho de seus arquitetos. A vida das cortes medievais pode ser conhecida em seus castelos, verdadeiras fortificações, com grossas paredes de pedra e poucas janelas, levantadas para defender os feudos dos ataques dos inimigos externos e, mesmo, das guerras civis e revoltas populares dentro dos próprios reinos. E as obras de igrejas? Algumas levam séculos para serem concluídas! Em torno delas, crescem as grandes cidades e seus projetos diferenciados de poder. Alguns artistas da era moderna retomam a simplicidade das primeiras soluções influenciadas pelas formas contidas na natureza e nos surpreendem com obras singulares e inconfundíveis. A leveza do traço do genial arquiteto brasileiro, que projetou o Brasil para o mundo inteiro, pousou a capital no centro do país. E, no deserto tão distante de nós, são erguidas cidades inteiras de desenho arrojado e impetuoso, com seus arranha-céus futuristas.


Setor 3 – O sonho que se perde todos os dias

No entanto, com o passar do tempo, crescem as populações das grandes cidades, de forma desordenada, e, com isso, surgem os problemas que afetam a maioria das metrópoles. O desmatamento avança, sem nenhum controle, provocando o esgotamento dos solos, o desaparecimento das águas e o desequilíbrio climático, com graves consequências para todo o planeta. A enorme quantidade de lixo, originado pelo consumo desenfreado, afeta os rios, os mares e a terra. São toneladas diárias de detritos contaminando tudo ao redor. Morrem os pássaros e os peixes atingidos por vazamentos de petróleo e resíduos das indústrias. Enchentes e falta de saneamento atingem, principalmente, as comunidades de baixa renda. O trânsito caótico imobiliza as pessoas, os milhares de automóveis poluem o ar, a violência se espalha e a desigualdade social ameaça a vida. Nas cidades de hoje, esquecemos o futuro todos os dias.


Setor 4 – A cidade que pode ser maravilhosa

Pense em uma cidade onde é possível abrir as janelas para contemplar o verde, passear nos parques, circular nas ruas, sentir a brisa quente que vem das praias e traz o cheiro da maresia… Respire o ar puro da floresta. Imagine um lugar onde os rios correm livremente para o mar e é possível mergulhar na baía e nadar na lagoa. Em que casas seguras e confortáveis, construídas em suas colinas, contemplam a paisagem e repousam tranquilas. Aqui, se pode acordar mais tarde e chegar do trabalho mais cedo, porque o trânsito flui e o transporte é acessível. O ar é puro, a vida é boa. Tem escola, universidade, teatro, cinema, hospital e moradia para todos. Essa cidade existe e está nos sonhos de milhares de pessoas. Ela também vem sendo construída no trabalho cotidiano de quem dedica sua existência a buscar soluções para criar uma cidade sustentável. Mas é preciso conquistá-la, alimentar os sonhos todos os dias. A Tijuca quer arquitetar o futuro na Avenida do Samba, provocando o encontro com aqueles que sabem que ele é possível. Conhecer o passado, reagir ao presente e tramar o futuro nos traz a certeza de que não devemos retroceder. Porque o sonho que se sonha junto é realidade e a cidade maravilhosa ainda precisa ser conquistada!

 Paulo Barros, Isabel Azevedo, Ana Paula Trindade e Simone Martins.

Carnavalescos: Paulo Barros, Marcus Paulo e Helcio Paim


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IRIN-MAGÉ, PAJÉ DO MEL, POVOADOR DA TERRA...
 
Todas as bênçãos criadas por Monã (o Deus dos Tupinambás) trariam felicidade e contentamento a todos os seres aqui existentes, menos para o homem. Insurgentes, desprezaram tudo o que generosamente lhes fora dado. 
 
Então veio castigo. O fogo desceu do céu e destruiu tudo sobre a terra. Apenas um homem considerado digno, foi poupado desse castigo. Seu nome era Irin-Magé.
 
Levado para o céu ele, aos prantos, diz à Monã, que seria difícil viver sem pares nesse imenso vazio. Comovido, Monã reverte a situação, e fez com que caísse um dilúvio sobre a terra. Dessa água surgiram os oceanos, os rios e tudo frutificou.

Monã então deu a Irin-Magé uma mulher e o mandou de volta à terra para que ele a repovoasse de homens melhores. Dentre os muitos de seus filhos, nasce um em especial que se tornaria o grande guru, o grande karaíba, "o profeta transformador", chamado Maíramûana. 
 
Familiar de Monã, Maíramûana aprendera a arte de transformar tudo o que quisesse de acordo com sua vontade nas mais diversas formas; de animais, pássaros, peixes e para punir os homens podia transformá-los também ao seu bel-prazer. 
 
É esse profeta-guru, dotado de poderes e conhecimentos "sobrenaturais" e misteriosos, quem ensinará todas as práticas sagradas, todos os costumes e regras da organização social das tribos tupinambás.
 
 
BAÍA DA GUANABARA, NOSSO GUAJUPIÁ
 
Na beleza do azul sobre o azul, da calma sobre a calma, um curso d'água serpenteia num vale de árvores verdes e frondosas. Em todas as direções a floresta é vívida. Há que se fiar no Sol, a luz é cultivada e tudo deve ser puro.
 
O rio é o caminho, é sagrado, tem peixe, tem marisco. As aves voam livres, colorindo o céu. Temos tudo ao alcance das mãos, água de beber, de lavar e de se banhar. Vivemos a vida em profunda gratidão.
 
Mas além de pescar e caçar, somos também bravos guerreiros. Só aqueles que enfrentam a morte, sem medo, conseguem encontrar o Guajupiá. Os tupinambás representavam esse paraíso como um lugar idílico, recoberto de flores e regado por um maravilhoso rio, em cujas margens viam-se enormes árvores. 
 
E nenhum lugar poderia ser tão igual ao imaginado Guajupiá eterno do que um Rio de Janeiro ainda virgem.
 
 
 
NASCE UM KARIÓKA
Chemembuira rakuritim, chemebuira rakuritim (eu já vou parir, eu já vou parir)
 
Nasce um tupinambá. Ritos e tradições serão seguidos, para assegurar bons presságios. Unhas de onça e garras de águia, ornarão o berço-rede, para garantir que nada de mal lhe aconteça.
 
Pai, mãe, filhos, avós, tios, tias, primos e primas, se juntam, está formada a maloca, a casa coletiva da tribo. Cercando o okara (grande quintal) se construía uma taba. Karióka, a lendária taba tupinambá, surge majestosa à esquerda da paradisíaca baía de kûánãpará. 
 
O homem roçava a terra, plantava, fabricava canoas, arcos, flechas, tacapes, adornos de penas multicoloridas. Eram eles os responsáveis pela segurança das tabas.  E sua função primordial era a de ensinar a arte da guerra.
 
Às mulheres eram imputadas as rígidas tradições e responsabilidades tribais, cuidavam da horta, participavam da pesca, fiavam algodão, teciam redes, fitas para amarrar nos cabelos e faixas para amarrar as crianças, trançavam cestos em junco e vime, manuseavam o barro para produzir panelas, vasilhas e potes, e mantinham acesos os dois fogos junto a rede do chefe da família. Eram o sustentáculo para o "esforço de guerra" tão cultivado pelo tupinambás.
 
Aos mais velhos cabiam repassar oralmente as histórias, o saber, e as orientações do que deveriam fazer, aos ainda jovens, em cada fase de sua vida.
 
Os tupinambás acreditavam que o homem tinha duas substâncias essenciais: uma eterna e outra transitória e ambas, o corpo e a alma, estavam ligadas.
 
 
 
KAÛÍ, A BEBIDA "DOS DEUSES"
 
Ó vinho, ó bom vinho! Jamais existiu outro igual!
Ó vinho, ó bom vinho! Vamos beber à vontade.
Ó vinho, ó bom vinho! Ó bebida que não dá preguiça!
 
Peguem as canoas! Passem pelas tabas: Yabebira – a aldeia maracanã, a do Peixe Pirá, de Eiraiá – atual Irajá - e sigam em direção a Guirá Guaçu, a aldeia com nome de águia, porque a festa vai começar!
 
Ao som dos marakás, chocalhos, flautas, tambores, pífanos e apitos, cantamos e dançamos. Tem que ter Kaûi ou Cauim, o licor sagrado que tanto adoramos.
 
A bebida era feita de raízes e frutos. As propriedades inebriantes do cauim eram feitas pela mastigação, e esse processo era considerado místico. Só mulheres, as mais lindas e puras, podiam participar da fabricação do "vinho". Os tupinambás eram beberrões respeitados e era difícil acompanhá-los. A festa poderia durar vários dias, enquanto houvesse bebida, porque disposição para consumi-la não faltaria.
 
... E todas as bênçãos criadas por Monã (o Deus dos Tupinambás) trariam felicidade e contentamento a todos os seres aqui existentes, menos para o homem. Insurgentes desprezaram tudo o que generosamente lhes fora dado. Então veio castigo...
 
Um Rio teve que acabar para que outro pudesse surgir. Como poderia ter sido se tivéssemos respeitado a diversidade étnico-cultural? Enterrados no esquecimento perdemos o elo com nossa ancestralidade primal, perderam eles, perdemos nós, absurdamente privados dessa experiência!
 
 
GUAJUPIÁ, O QUE FIZEMOS DE TI?
 
Essa coisa do azul sobre o azul
Da calma sobre a calma
Às vezes me cansa
Às vezes me acalma
Eu paro no sinal vermelho
Uns pedem dinheiro
Uns sacam o revólver
Um outro expõe a própria dor
Segue o asfalto
Metálico fluxo
Saudade é um retrovisor
 
Há que se fiar no sol
E cultivar a luz
Purificar o pus
Deus
 
Assisto a vitória do bronco, do bruto
Do sínico e da servidão
Segue o espetáculo
No estádio, na tela
Parlamentam sobre a escrotidão
Mas quando a tribo invadir a floresta
Subindo até o Sumaré
E deslinkar a torre, o Brasil
Meu mano então como é que é?
 
Há que se firmar na terra
O teto, o viaduto
Proliferar o fruto
Deus
(em memória - letra da música "Palas Superficiais", de Marco Jabu)
 
 
"Cavam em busca de uma coisa
Que se sente estar profunda
Mas que foge e se esquiva
Quando chega à superfície
Uma coisa que está ali
Numa terra de mistério". 
(Poema de Joaquim Cardozo)                                                                                 
                                                                         


Autores: Renato Lage e Márcia Lage
 
 
 
BIBLIOGRAFIA:
 
- O RIO ANTES DO RIO
Autor: Rafael Freitas da Silva
Editora: Babilônia
 
- O POVO BRASILEIRO
Autor: Darcy Ribeiro
Editora: Companhia de Bolso
 
- DUAS VIAGENS AO BRASIL
Autor: Hans Staden
Editora: L&PM Pocket Descobertas
 
- Documentário Guerras do Brasil.doc – episódio 1 (NETFLIX)
Criação: Luiz Bolognesi

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A pedra, para o ser humano, representa a permanência do tempo. A camada externa e dura da Terra, a rocha.

A beleza sólida desse material é a essência de nosso planeta. E foi essa beleza sólida que nossos ancestrais usaram como caminho para registrar suas passagens pelo mundo.

Descobriu-se a beleza dos diamantes, de tantas pedras preciosas ou semipreciosas e do ouro. Foi esta uma das primeiras atividades de exploração dos homens no Brasil, mais precisamente em Minas Gerais, no século XVIII. A partir de 1771, criou-se a Real Extração, sob o controle da Coroa portuguesa, decreto que durou até mesmo depois da Proclamação da Independência. Foram as primeiras pedras que trilhamos no nosso caminho.

E vamos seguir pela estrada de Minas, pedregosa…

O poeta Carlos Drummond de Andrade nasceu e cresceu em Itabira, em Minas. Da janela de seu quarto, costumava observar o perfil montanhoso cujo destaque era o pico do Cauê. ‘’Chego à sacada e vejo minha serra, a serra de meu pai e meu avô, a serra que não passa … Essa manhã acordo e não a encontro britada em bilhões de lascas…”

Fora-se a Pedra, engolida pelo enorme trem, fora-se a pedra do poeta.

Outro escritor mineiro, Guimarães Rosa, enfocou “a biodiversidade do cerrado e o relevo constituído pelo calcário, rocha maleável e moldável pela ação das águas. O Morro da Garça só emite recados porque é uma pirâmide no meio de Minas e de uma história imemorial do garimpo, da pecuária, dos boiadeiros viajantes e da surda vidência sertaneja.”

Outra pedra que faz parte do nosso caminho é a Serra dos Carajás. Recebeu o nome de seus antigos moradores – os índios Carajás. Segundo suas crenças, eles nasciam do interior do solo – solo rico e pedregoso, repleto de grutas. Quando nasciam, saíam desse mundo subterrâneo para ir habitar a superfície.

A região é uma pedra enorme toda feita de ferro, e em seu entorno nascem pequenas cidades. Segundo uma artesã do Centro Mulheres de Barro, na cidade de Parauapebas, surgiram muitos conflitos por aquele rico pedaço de chão.

A própria cidade é um amálgama de pessoas vindas de todos os cantos do Brasil. Vêm do norte e do nordeste, do sul e do sudeste, vêm do centro e vêm do leste. Todas sonhando em extrair daquela terra as muitas riquezas que ela guarda. E acabam também formando uma amostra da variedade do povo brasileiro.

A rocha mais antiga que conhecemos uma lasca com pouco mais de dois centímetros, foi coletada na Lua pelos astronautas da nave Apollo. Tem quatro bilhões de anos.

A nossa Terra, vista da Lua, ainda é linda, azulzinha… Até quando?





Rosa Magalhães

Bibliografia consultada:
Cosmologia e Sociedade Karaja - André Amaral de Toral - Universidade Federal do Rio de Janeiro
Museu Nacional - 1992 - pags 145 a 162.
Pedra – O Universo Escondido – Denise Milan – S. Paulo – Bei Comunicação – 2018.
Maquinação do Mundo – Drummond e a mineração - Wisnik, José Miguel – 1a. edição-S. Paulo
– Companhia das Letras- 2018
Mitos e Lendas Karajás - Peret , João Américo - Rio de Janeiro 1979.
A margem do projeto ferro carajas - uma pequena contribuição a história social e cultural de Parauopebas  Rocha, Avon Jose Araujo - 1980 – 2009
A história de Parauopebas Força e Trabalho em Carajá - Miguel Angelo Braga Reis - 2016
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Por Juliana Yamamoto e Luiz Felipe de Souza
Chegou a hora de conhecer os 14 enredos que as escolas de samba do Grupo Especial levarão para o Anhembi no próximo carnaval! Com uma atenção particular à pertinência cultural, é possível perceber o esforço das escolas para fugir de temas subjetivos e que, por algum tempo, marcaram a festa paulistana, aliando narrativas de cunho histórico a mensagens de tolerância e de diversidade.

Em ordem dos desfiles que cruzarão a sexta e o sábado de carnaval pela pista, o Carnavalize preparou um resuminho sobre o que cada escola de São Paulo defenderá no primeiro ano da próxima década, de 2020! Se liga aí e não deixe de carnavalizar com a gente:

Vice-colocada do Acesso 1 em 2019, a Barroca Zona Sul abrirá o carnaval com o enredo “Benguela... A Barroca clama a ti, Tereza!” em homenagem à trajetória de resistência de Tereza de Benguela, importante líder na história negra do Brasil, no quilombo do Quariterê. O tema é assinado pela comissão formada por Rodrigo Meiners, Rogério Sapo e Yuri Aguiar. A escola optou por não realizar uma disputa e encomendou um samba de boa qualidade. Confira aqui:


A Tom Maior também levará uma ode à negritude para a avenida com "É coisa de preto". Segunda agremiação a desfilar na sexta-feira, a escola busca trazer à tona nomes de grandes brasileiros negros e remover o estigma que associa  'coisa de preto' a algo negativo. A partir de personalidades de diversos setores, André Marins projeta a coroação da figura negra por meio daquilo que é essencial: respeito.

Mais feliz do que nunca, a Dragões da Real, comandada por Mauro Quintaes, trará “A revolução do riso: a arte de subverter o mundo pelo divino poder da alegria”. A escola quer cativar novamente o Anhembi, com um tom leve e descontraído, em busca do tão sonhado título e em perpetuar a mensagem de que a alegria e o riso curam.

Diferentemente da Dragões, com uma pegada mais reflexiva e existencial, a Mancha levará para o Anhembi o enredo "Pai! Perdoai, eles não sabem o que fazem!”, aproveitando o complexo contexto contemporâneo de intolerância e violência. Assinado por Jorge Freitas, o tema reconstrói a história da humanidade e reflete sobre as atitudes do homem. Ao reforçar a função social da festa, a Mancha politiza sua mensagem e clama pela autorreflexão em seu desfile. A escola já definiu seu samba. Ouça abaixo:


Já na onda dos enredos CEP (cidades, estados ou países), depois de dois títulos e um inesperado 7º lugar, a Acadêmicos do Tatuapé viajará para Atibaia no enredo “O ponteio da viola encanta... Sou fruto da terra, raiz desse chão... Canto Atibaia do meu coração”. A ideia do carnavalesco Wagner Santos é, as do som do instrumento tradicional do interior, fazer um tour pela cidade e por seus principais pontos turísticos, atividades e aspectos culturais, exibindo a riqueza do povo atibaiense.

O avião sai do município de Atibaia e voa internacionalmente até o Oriente Médio: “Marhaba, Lubñan” é o enredo da Império de Casa Verde! Para contar a história do país do cedros milenares, o Líbano, o carnavalesco Flávio Campello terá o desafio de transpor sete mil anos de história em 65 minutos no Anhembi. Em um tema que, segundo ele, emocionará o público, a escola pretende contar a história do país com todos seus elementos típicos e suas particularidades culturais.

Encerrando a primeira noite de desfiles, a X-9 Paulistana misturará os batuques brasileiros no enredo “Batuques para um rei coroado”. Rendendo homenagem às mais diversas manifestações rítmicas e artísticas do país, a X-9 de Pedro Magoo quer se apropriar da miscigenação do nosso povo e contar a história de como foram formados os principais ritmos que influenciam o samba-enredo. Pelo segundo ano consecutivo a escola encomendou seu samba, e você já pode conferir o resultado aqui:


Campeão do Grupo de Acesso 1 e retornando ao Especial depois de 4 anos, o Pérola Negra abrirá os desfiles de sábado com o enredo “Bartali Tcheran - A estrela cigana brilha no Pérola Negra”. A escola da Vila Madalena contará a história dos ciganos, com um grande tributo a este povo que surgiu há milhares de anos no norte da Índia e que foi brutalmente discriminado e driblador de diversas crueldades. O tema é assinado pelo carnavalesco Anselmo Brito, rumo ao seu quarto ano na agremiação.

Já nas bandas europeias e católicas, “Que rei sou eu?” é o título do enredo que a Colorado do Brás levará para avenida em 2020. Após sua estreia no Grupo Especial, a vermelho e branco sonha agora em alçar voos maiores com a história de Dom Sebastião, um dos personagens mais enigmáticos da humanidade. Uma vida marcada por mistérios, lutas, crenças e sabedoria será mostrada no Anhembi e Leonardo Catta Preta assinará o desfile da agremiação, que já possui o seu samba-enredo:


Sob a batuta da dupla estreante em territórios paulistanos, Paulo Barros e Paulo Menezes, os Gaviões da Fiel terão o amor como enredo. O enigmático título “Um não sei que, que nasce não sei onde, vem não sei como e explode não sei porquê" não revela muita coisa, mas, diante do seu aniversário de 50 anos, a agremiação lembrará de grandes histórias de amor - inclusive a paixão que rege seus torcedores.

“Dos cantos das Yabás, renasce uma nova Morada”, por sua vez, é o título do enredo que a Mocidade Alegre levará para o Anhembi em 2020. A escola do bairro do Limão promete mostrar um canto de esperança para que a humanidade melhore e retome sua conexão com Olorum – segundo a tradição iorubá, o criador do mundo – e, com isso, para que a terra volte a ser um paraíso. O enredo transmitirá a mensagem de que é fundamental reconhecer a sabedoria, a força e o poder feminino, por meio das Yabás, as orixás femininas. O carnavalesco Edson Pereira integrará a comissão de carnaval da Morada do Samba e fará sua estreia pela escola.

O Águia de Ouro, após retornar ao Grupo Especial e terminar na sexta posição no último ranking, reinicia a sua trajetória em busca do primeiro título. “O poder do saber. Se saber é poder... Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.” é o título do enredo da agremiação da Pompeia que trará como tema o poder da sabedoria no mundo, por intermédio de suas invenções e os efeitos da falta desse importante elemento na sociedade. Será a estreia do carnavalesco Sidnei França na azul e branco.

“China: o sonho de um povo embala o samba e faz a Vila sonhar” é o último CEP do ano, título do enredo da Unidos de Vila Maria para o próximo carnaval, em que a Vila Mais Famosa exaltará suas tradições milenares, as importantes invenções para o mundo contemporâneo e também o grande poder que o país possui nos dias de hoje. Em 2019, contando a história da nação peruana, a agremiação terminou na quarta posição e agora, para 2020, sonha em alcançar o lugar mais alto com essa viagem asiática.

A responsabilidade em encerrar os desfiles do carnaval de 2020 será da Rosas de Ouro, preenchendo a avenida com os “Tempos Modernos”. Com início na Revolução Industrial e inspirada no histórico e monumental filme de Charles Chaplin, a azul e rosa abordará os avanços tecnológicos do mundo nos últimos séculos mediante uma viagem com o robô ROXP4. O enredo é assinado pelo carnavalesco André Machado, completando seu quarto carnaval na Roseira.

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